VIVENCIANDO O VERDE

VIVENCIANDO O VERDE - EQUIPE MINHOCAS DA TERRA

Tivemos o prazer de entrevistar Daniela Figueiredo, líder da Minhocas da Terra, que nos falou sobre a ação tão inovadora de sua equipe.

A Gincana Energia Voluntária sempre nos surpreende pela criatividade, pela capacidade de realização e pelo empenho dos voluntários de Furnas, e Daniela e sua equipe é um ótimo exemplo disso.

Vamos à entrevista:

Programa de Voluntariado: Nos conte do que trata a ação de sua equipe. Qual é o objetivo dela? O que vocês pretendem?

Daniela: A ação consiste da adaptação de uma trilha existente no Parque Estadual da Pedra Branca, para ser usada por deficientes visuais. O objetivo é ampliar a relação entre o Parque e esse público, de cegos, deixando o legado da trilha adaptada ao Parque. Esperamos que os deficientes sintam-se mais integrados e incluídos, e possam vivenciar as experiências maravilhosas que a natureza propicia.


Programa de Voluntariado: O que levou a equipe a pensar em realizar essa ação? Qual foi a motivação ou a inspiração?

Daniela: Nós somos um grupo que trabalha com o Meio Ambiente em Furnas, e já temos parceria com esse Parque, já que há várias linhas de transmissão de Furnas que o atravessam. Quanto mais pessoas puderem visitá-lo, mais estaremos contribuindo com a preservação do meio ambiente. Além disso, queríamos incluir um público que sempre é deixado de lado quando se pensa em espaços públicos. Queríamos tornar possível a inclusão do portador de deficiência visual num espaço ambiental e também promover momentos de lazer, aprendizagem e inteiração com suas famílias e amigos.


Programa de Voluntariado: Qual é o desejo de vocês? O que os deixaria com a sensação de realização, em relação a ação escolhida?

Daniela: Ver a trilha ser visitada por cegos e que eles fiquem curiosos, satisfeitos, e que possam trazer outros, incluindo seus familiares, para compartilharem a experiência. Que o Parque desenvolva a trilha e ofereça cada vez mais experiências, aumentando sua visitação.


Programa de Voluntariado: Estão enfrentando ou enfrentaram dificuldades? Quais? E como estão resolvendo ou resolveram?

Daniela: As dificuldades técnicas são encontrar materiais específicos (como aluminio para placas em braile, corda, etc). Também estamos aprendendo sobre padrões para esse publico, no tempo que foi exíguo esse ano. Conseguimos contato com o Instituto Benjamim Constant, porém a resposta demorou MUITO! Como nosso grupo é muito unido tenho certeza de que conseguiremos fechar tudo a tempo, com criatividade e alegria.


Programa de Voluntariado: Conte-nos mais sobre a ação...

Daniela: É muito interessante pensar na percepção que um deficiente visual pode ter da natureza! São inúmeras as possibilidades de explorar os sentidos. Os desafios são enormes: vamos fazer uma narração (uma parte auditiva), trabalhar pesado para deixar a trilha mais acessível, e por outro lado, vamos expô-los à convivência com as abelhas meliponas (sem ferrão). Certamente vamos aprender muito com eles... é uma ação que promete muitas emoções.


Programa de Voluntariado: Porque vocês acreditam que essa ação é importante para as pessoas/comunidade/causa?

Daniela: O Parque precisa ampliar sua visitação, pois é assim que consegue executar a difícil tarefa de educar pessoas para a preservação do ambiente. Os deficientes visuais precisam ampliar suas experiências sensoriais, que são especiais em espaços abertos, livres, onde podem enfrentar maiores desafios para sua autonomia e conhecimento. Todos se beneficiam dessa troca, em um mundo com menos privilégios, mais compartilhamento, e mais natureza.